O presidente Jair Bolsonaro participou de reunião, em Washington, com o secretário-geral da OEA, Luis Almagro — Foto: Alan Santos/PR
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu na manhã desta terça-feira (19), em Washington, com o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.
Este é o terceiro e último dia da visita oficial de Bolsonaro aos Estados Unidos. No início da tarde (horário de Brasília), ele será recebido na Casa Branca pelo presidente norte-americano Donald Trump.
A OEA é um organismo internacional que reúne 35 estados independentes, o Brasil entre eles, e atua como fórum governamental político, jurídico e social.
Diplomata de carreira, Almagro foi senador e ministro das Relações Exteriores do Uruguai. Ele foi eleito secretário-geral da OEA em 2015.
Entre os assuntos que preocupam o Brasil e a OEA está a crise política, econômica e social da Venezuela. A OEA aprovou em janeiro uma declaração em que não reconheceu a legitimidade do novo mandato de Nicolás Maduro na Venezuela.
A medida foi um chamado à "realização de novas eleições presidenciais
com todas as garantias necessárias para um processo livre, justo,
transparente e legítimo".
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Almagro também apoiou, em uma mensagem na internet, o líder opositor e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guiadó.
O Brasil não reconhece a legitimidade do governo Maduro e considera Guaidó o presidente interino da Venezuela. Bolsonaro, inclusive, recebeu o venezuelano no Palácio do Planalto.
O governo brasileiro tem repetido que não participaria de uma intervenção na Venezuela, porém, Bolsonaro citou nesta segunda (18) a capacidade "bélica" dos norte-americanos ao dizer que é preciso "resolver a questão da Venezuela".
No início desta madrugada, Bolsonaro concedeu entrevista ao canal norte-americano Fox News, e disse querer que a Venezuela "volte à democracia" e que o Brasil é o país mais interessado em pôr fim ao governo Maduro.